desenvolvimento econômico do país, impossibilitando o seu progresso material, como afirmava Nabuco(2). Nota do Autor
Com a queda do Ministério São Vicente, instalara-se, a 7 de março, o Gabinete presidido por José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco, orientado no sentido de enfrentar, de cabeça fria, as dificuldades do Trono, sobretudo a campanha que a extinção da escravatura desencadeara, estuante. O Partido Conservador, no Poder, desagregava-se sob o estímulo das novas ideias do mundo. As bases eleitorais dos grupos situacionistas, nas Províncias, oscilavam, cada chefe político adotando o rumo melhor condizente com as circunstâncias; cindindo-se por falta de unidade ideológica, desde que os próprios líderes conservadores, nas esferas mais altas do Império, discrepavam uns dos outros na compreensão dos problemas de cada hora.
O Partido Liberal, desunido na fixação de suas teses programáticas, procurava fazer do binômio "Trabalho Livre e Voto Livre" o centro de suas atividades, percebido da fraqueza do governo e da receptividade que tais promessas obtinham no seio do povo, quando a própria vida colocava na ordem do dia as questões fundamentais da liberdade. É claro que a simples reivindicação da reforma eleitoral não podia atender à necessidade de profundas modificações na estrutura do regime político dominante. Daí por que o liberal Tavares Bastos levantava sua voz para reclamar maior senso de realismo ao programa de seu Partido:
"Com efeito, que importa a liberdade do sufrágio (concedendo que funcione satisfatoriamente) se a soma de poderes com que domina a Coroa as altas corporações do Estado e todos os interesses e relações sociais, asseguram-lhe a passividade do Senado e prometem-lhe a fidelidade da"