Rio Branco (o Barão do Rio Branco). Biografia pessoal e história política

grandes do Império, as celebridades do momento, as glórias da época, generais, almirantes, ministros, chefes de gabinete.

O grande acontecimento de sua meninice, porém, seria a primeira viagem ao Rio da Prata, feita aos sete anos. Que poderia ele saber da missão do Visconde, da importância daquele ano em Montevidéu? Evidentemente nada. Muito menos saberia que estava vendo pela primeira vez o cenário onde mais tarde influiria como advogado do Brasil e ministro, alcançando tantos triunfos. Anos depois registrou a lembrança dessa viagem em um dos seus "Cadernos de Notas":

A minha partida para Montevidéu foi a 23 de novembro de 1852 a bordo do paquete "Prince". Eu tinha 7 1/2 anos. Fui em companhia de minha mãe e de minhas irmãs Luísa e Amélia(14). Nota do Autor

Jornalista no Correio Mercantil, e depois no Jornal do Comércio, com as famosas "Cartas ao Amigo Ausente", começava o primeiro Rio-Branco a discutir as questões do Prata com a competência de um especialista. Era a época, também, em que a política exterior do Segundo Reinado tomava, nesse setor, posição definida e segura.

A história do Brasil não pode ser escrita sem o estudo de Portugal e do Rio da Prata, costuma dizer o historiador Tobias Monteiro(15). Nota do Autor Depois das lutas no tempo da Colônia e do Primeiro Reinado criara-se no entanto, em alguns estadistas mais velhos, uma espécie de timidez, de desejo de contemporização,

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