com Rui à frente, combatiam nessa candidatura não era a farda do candidato nem o direito do militar, como qualquer cidadão, de ocupar a presidência da República, mas essa circunstância de não ser político o candidato, de não ter ele outra credencial além da sua patente de marechal e da sua posição de ministro da Guerra. A circunstância de que para o lugar de chefe de Estado o nome do marechal não saíra "do Congresso, do seio de um partido, ou de um passado político", mas como solução de força, embora disfarçada, como uma entidade que se havia de acatar e respeitar pela feição militarista.
O próprio marechal Hermes parecia indeciso e hesitante por entre as seduções dos que lhe queriam explorar o nome e o poder. Daí a duplicidade das suas atitudes em face do Presidente: não-candidato e candidato num período de dois dias. A 15 de maio, ele declarava em carta ao presidente da República que não era candidato(709); Nota do Autor a 17, numa reunião em casa de Pinheiro Machado, ficava adotada a sua candidatura(710). Nota do Autor Afonso Pena, hesitante, enfraquecido, desgostoso, vencido, perdia o controle da situação. Poderia, com um gesto de firmeza, ter inutilizado a candidatura Hermes, mas já não dispunha nem de resistência, nem de capacidade de iniciativa(711). Nota do Autor
Pela segunda vez, Rui apela para Rio-Branco a fim de que aceite a candidatura à Presidência, e a resposta não deixou de ser igual à anterior: não aceitara antes uma candidatura de combate à do ministro da Fazenda, não podia aceitar agora uma candidatura também de combate à do ministro da Guerra. Aliás, aos chefes políticos que lhe foram oferecer a candidatura à Presidência tinha declarado o marechal Hermes que aceitaria sob a condição de com ela concordarem o Barão do Rio-Branco e Rui Barbosa.