apenas, de apresentar o pensamento de Dilthey e Rickert, cuja filosofia crítica da História foi um passo capital na elaboração de uma teoria da história. O capítulo sobre Filosofia e História foi conservado mais ou menos como estava, incluindo-se uma parte sobre o positivismo lógico e não se tratando, ainda, de Jaspers, Heidegger e Husserl. Não se pode deixar de acentuar a frivolidade do pensamento positivista sobre história, que torna ínfimos seus problemas, porque começa destruindo o significado dos conceitos, desconhece que as entidades abstratas são instrumentos indispensáveis a qualquer língua civilizada, e ao generalizar as leis da significação se esquece da natureza e uso da linguagem comum ou científica, que é primariamente um meio de comunicação das atividades humanas.
A parte filosófica ficou reunida num mesmo capítulo, subdividido em várias partes, e escreveu-se o da "Natureza da explicação histórica: a convicção histórica", em lugar da "Certeza histórica". Na periodização acrescentou-se um trecho final, que examina os últimos trabalhos. O "Desenvolvimento da Idéia de História" foi também mudado e atualizado com os grandes nomes contemporâneos. Nos capítulos sobre a pesquisa, as fontes e os instrumentos do trabalho histórico foram incorporadas novas informações; nas disciplinas auxiliares e na crítica poucas modificações foram feitas, além da inclusão das notas, bibliografias e listas de casos ao pé das páginas ou no próprio texto, quando antes estavam no fim do livro. Maior modificação sofreu todo o capítulo sobre os "Gêneros Históricos", não só no texto de certos gêneros, como na elaboração de outros que não figuravam na primeira edição: a história econômica, do exército, naval, e a biografia foram muito alteradas; a social, da aviação, das artes e iconografia, intelectual e das ideias e da educação foram introduzidas.
Com a atenção voltada para essas tarefas não se pôde, ainda, reduzir as proporções das disciplinas auxiliares, especialmente da cartografia, nem se pôde, como era desejo do autor desde a primeira edição, tratar das relações da história com as ciências sociais, cujos originais a serem revistos agora destinam-se a uma publicação independente.
Alguns problemas menores, como o ensino da história, as sociedades históricas, a novela e a resenha crítica históricas não puderam merecer nenhum tratamento. Do primeiro será possível cuidar na historiografia didática, sobre a qual reunimos material para possível capítulo de nossa História da História ou para trabalho autônomo; sobre as sociedades históricas era nossa intenção, além das informações já dadas, tanto no capítulo sobre as fontes, como n'A Pesquisa Histórica no Brasil, seguir o exemplo de Pierre