caminhos ensinados por Benedetto Croce, por Toynbee, ou os descaminhos de Nietzsche e Spengler, sacudiram a consciência histórica. E então veio a prova terrível de todas as teorias históricas que se formam na época de paz. Guerras mundiais e revoluções são ensinamentos práticos históricos de força tremenda. Não teorizamos e construímos mais sob a proteção de uma ordem que tudo suporta e que torna as mais atrevidas teorias mera insignificância, mas no meio da tempestade da reforma do mundo, onde cada palavra velha deve ser examinada pelos seus efeitos ou pela ausência de efeitos, onde inúmeras ideias se tornaram meras frases e papel.
É nessa hora que um reexame se impõe. 1943 é uma reviravolta na história, diz o Prof. Barraclough. "Foi a vitória russa de Stalingrado que tornou imperativa uma revisão total da história europeia."(6) Nota do Autor A Segunda Guerra Mundial precipitou, ao menos para os historiadores, ensina o mestre inglês, a inversão total da antiquada teoria de que o valor do estudo da história estava em habilitar os homens a conduzir melhor seus problemas atuais pela lição dos erros do passado: muitos historiadores sentiram, ao contrário, entre 1939 e 1945, que o principal valor de sua participação no presente era o novo descortino que lhes dava na compreensão dos erros do passado. E como resultado descobriram que Alexandre, o Grande, e Júlio César eram muito mais relevantes para o mundo moderno que Luís XIV, Napoleão e Bismarck, e que não havia nada de contemporâneo em Bülow ou Tirpitz, Lloyd George ou Stanley Baldwin.
O presente descobrindo o passado, mostrando que só nos importa e só queremos conhecer e conhecemos melhor aquele passado que interessa ao presente. Só aquele para quem o presente é importante escreve uma crônica, disse Goethe(7). Nota do Autor A verdadeira compreensão da periodização já deveria ter esclarecido Barraclough, hoje considerado