O mesmo acento revisionista que se exprime assim pela voz inglesa se encontra na palavra dos atuais historiadores alemães, que tentam repensar sua história, embora os velhos conceitos ainda estejam servindo. Trata-se nesse caso, especialmente, da revisão de sua própria história e da via dolorosa do espírito civil na Alemanha, de diminuir a ênfase sobre o Estado e o poder, e a influência do militarismo. Para Walther Hofer, o revisionismo alemão deve observar os seguintes pontos: 1) Análise crítica e revisão dos pressupostos ideológicos, isto é, metafísicos, éticos, históricos e filosófico-políticos. 2) Crítica e revisão de todo o quadro do próprio desenvolvimento histórico. Não se trata só de uma revisão de fatos e da incorporação de novos aspectos, mas de uma revisão geral, que atenda à nova relação entre o passado e o presente, isto é, à nova posição da Alemanha no quadro europeu.(10) Nota do Autor Friedrich Meinecke, Ludwig Dehio e Gehrard Ritter, o primeiro como um Mestre venerado, o segundo pela importância de sua posição, como responsável pelo Historische Zeitschrift, e o terceiro como Presidente da Associação dos Historiadores Alemães, dedicaram-se aos trabalhos de religar a história alemã à situação presente da Europa.
Os historiadores soviéticos, convencidos também da importância da periodização(11) Nota do Autor - que levou Barraclough àquelas considerações sobre a revisão do quadro da história universal, afirmam recusar, resolutamente, "a lenda