Jean-Baptiste Debret

Terminava as Nouvelles com a recomendação ao amigo de transmitir cumprimentos ao barão Gérard e aos arquitetos Percier e Fontaine, por si e por Grandjean de Montigny. Este começara, "d'assez beaux travaux dont les fondations sont à peine ouverts", e aduz um P. S. "Alavoine a écrit à Taunay le sculpteur, que M. Dédéban, Gay et un autre artiste se proposaient de venir ici. Je peux leur faire savoir qu'il ne faudrait que 24 heures de l'ardeur de notre soleil pour en faire trois fous. Je parle ici avec l'impartialité d'un bon camarade. Au reste qu'ils viennent. Je leur promets d'employer le crédit du Directeur pour les faire entrer à l'hôpital de suite".

A grei literária e artística não varia através dos séculos. Tais conflitos poderiam provocar o aniquilamento da missão. Felizmente os preparativos dos festejos do coroamento de D. João VI e o noivado do Herdeiro do trono, desanuviaram algum tanto a atmosfera. Quer nos parecer, à vista de reconhecida probidade de N. A. Taunay, o qual sabia perfeitamente que Lebreton jamais participara da Convenção, tenha havido alguns equívocos no derrame de desconfianças e malquerenças e, na certa, interferência de elementos franceses estranhos ao grupo. Muito se assemelham os termos da carta às denúncias do funcionário Maler ao governo de Luís XVIII. O representante consular no Rio de Janeiro também feria a tecla de que havia regicidas nos componentes da Missão Artística. Tanto insistia a respeito que provocou reparos ao duque de Luxemburgo, enviado especial às cerimônias oficiais, que lhe participou a resolução do ministério francês em não admitir hostilidades contra os artistas comissionados no Rio de Janeiro enquanto faltassem provas das acusações. Dada a parecença da carta com as denúncias do cônsul, indivíduo atrabiliário, implacável perseguidor de bonapartistas, a confundir serviços à légitimité com exações absurdas, teria havido por parte de Debret descabidas suspeitas contra companheiros, impressionado pelo rumores de autoria de um inimigo, difundidos em meio atrasado e mesquinho, demasiadamente receptivo àquele gênero de assertivas.

A respeito também escreveu, se bem de forma elegante e discreta, Hipólito Taunay, comentários confirmadores dos desentendimentos mencionados na carta do pintor concorrente, defensor de Lebreton: "Peu de temps avant la mort du ministre auquel nous avions dû la protection immediate du Roy, qui par lui-même est porté de bienveillance pour les étrangers, une académie des beaux-arts a été établie, mais sur le rapport passionné d'un Français qui

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