iniciasse atividades. Valeu à missão, na conjuntura, o desvelo a seu benefício do conde da Barca, graças ao acesso de que dispunha junto do monarca. Quem também conseguiu conter o cônsul foi o seu chefe, duque de Luxemburgo, primeiro embaixador da França no Brasil, informado do que se passava na sede do Reino Unido luso pela irmã, duquesa de Cadaval, primeira dama da corte e protetora de artistas.
O trabalho despendido na ornamentação da cidade amainou, porém, questiúnculas profissionais, assim como concorreu para desmanchar as artimanhas do cônsul. Simultaneamente, atuaram na empreitada Grandjean, Debret, Augusto Taunay em estreita colaboração, empenhados em dar o maior relevo aos elementos decorativos dispostos nos pontos mais em evidência para o grande público, nas ruas onde deveriam desfilar cortejos e convergir multidões. O primeiro situava-se no começo da rua Direita (hoje Primeiro de Março) frente ao arsenal de Marinha. Representava "arco de triunfo", composto de três arcadas, duas pequenas e uma maior no centro sugerido pelo arco do Carrousel elevado por Percier e Fontaine defronte das Tulherias, em que teria colaborado Augusto Taunay, autor de uma das figuras dos cantos. A platibanda era sustentada por oito colunas dóricas e o pedestal contava com duas imagens decorativas intituladas rios Danúbio e... Rio de Janeiro, alusivos à arquiduquesa e ao noivo. Tão eloquente concepção recebeu elogio do padre Perereca, "pela beleza e gosto da arquitetura os devidos aplausos dados, geralmente por todos, ao seu arquiteto Grandjean de Montigny e Debret, pintor da História". Um segundo apresentava-se na mesma via na altura da igreja de Santa Cruz dos Militares com aspecto de "triunfo romano", diz Afonso d'E. Taunay, composta a ornamentação de folhagens em torno de medalhões em que se encontravam enumeradas as prendas de D. Leopoldina, onde não faltavam Talento, Espírito e Ciência, alusão às reais qualidades da nubente chegadas aos ouvidos do grande público. Não nos diz o comentador se os baixos-relevos à volta da base eram de seu tio-bisavô. Supomos fossem, à vista da contínua colaboração dos três artistas no atavio daquela parte do centro comercial carioca para a solenidade. Desses trabalhos existe esboço de Tomás Ender na série de notas do que viu nas ruas do Rio de Janeiro, destinadas a serem desenvolvidas e embelezadas no seu atelier em Viena. Representa os franceses, provavelmente Debret, Grandjean e Augusto Taunay, a dirigir a ornamentação, acompanhados de militar português que os auxiliava no mister. Também dispomos, a respeito, de gravura de Hipólito Taunay, reproduzindo