Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

terra, cujo tamanho era das maiores, (32)Nota do Autor e eles escaparam à inundação metendo-se debaixo de uma canahua, de que viraram para terra a parte concava.

A parte mais essencial e indispensável de todas as outras embarcações consideradas indígenas que navegam o Amazonas e seus afluentes, à exceção das ubás, que descrevemos, e que são formadas de uma só peça, é a parte do fundo, a que chamam casco.

Para sua construção derrubam a árvore adequada a este míster, cortam as extremidades no comprimento, de que precisam, e a escoram com paus de um e outro lado para não rolar. Fazem uma face na parte superior, com o compasso marcam o centro, e traçam o eixo longitudinal, batendo uma linha passada pelo carvão. Dão a configuração exterior estreitando as extremidades de maneira a terminar quase em ponta, bem como desbastam a parte inferior, dando ao todo a forma de uma embarcação de duas proas, com uma pequena quilha. Nessa linha do centro em três, ou mais pontos, cavam pequenos buracos, dentro