Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

dos quais acendem fogo com lenha e palhas afim de destruir a madeira, e cavá-la por meio da carbonização. O fogo é vigiado para queimar igualmente, em razão do que vão molhando os lugares, para onde ele desvia-se. Também usam suspender o casco de boca para baixo, e acender o fogo com cavacos no chão.

Durante este processo atravessam na parte superior da cavidade produzida pelo fogo uns caibros um pouco inclinados em relação à seção transversal, para poderem ir apertando e abrindo-a de mais em mais, e os substituem por maiores, à proporção que ficam frouxos ou queimados, ajudando

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assim a ação do fogo nesse sentido. Depois de queimado internamente o casco e bem aberto, apagam o fogo, e terminam o trabalho aperfeiçoando-o com enxó goiva.

Os pequenos cascos costumam ter de 0.02 a 0,03 metros de espessura, e os maiores 0,06.