"Elas se fazem de Brim, para as canoas de S. Ex. R.ma e do General de Estado, e dele era feita uma das duas andainas de pano, para cada uma das Guarda-Costas. De Pano de algodão são feitas as velas de quase todas as outras; e o fio, com que as cozem, ou é também de algodão, ou de Tucum, onde o há, um, e outro encerado com cera bruta do Mato. Os Índios não fazem tanta despesa com as das suas Igarités; despem a casca vítrea, que tem os pés das frondes das Palmeiras do Murity, e do Yupaty. De cada pé, depois de descascado, tiram pelo seu comprimento, duas costaneiras, e um meião, da substância interior, que é esponjosa, como o âmago da frecha: com os meiões somente se fazem as melhores velas; Outros nenhuma dúvida põem em aproveitarem também as costaneiras: Mas antes de as unirem uma às outras, com um fio de curauá, as esganam, ou como eles se explicam, as cambricam de intervalo em intervalo, em que vão as costuras perpendiculares que servem de as ajustar entre si, de modo que entre elas não fiquem fendas, ou taliscas, por onde escape o vento, e deixe de fazer na vela a impressão possível.
"Outras velas são meras esteiras de Piri, que é a Tábua da Terra, e da casca vítrea do Guarumaã, Iassetara, do Murity, e outras: Com elas vi eu velejarem as Igarités nas grandes travessias da cidade do Pará, p.a a Ilha grande de Ioannes, e dali, para a Vila de S. Joseph do Macapá.
Ainda no mesmo manuscrito existe, em um anexo do Tenente-Coronel Theodosio Constantino