soltar. Se por acaso fica entre o baleato e a baleeira, esta guina para fora, e desvia-se dele soltando o cabo; porque se a ferisse, ou ao filho nessa ocasião, ela despedaçaria a baleeira. Sentindo improfícuo o seu esforço retira-se bruscamente, e outra vez volta a farejar o seu querido filho. Se desta vez coloca-se por fora dele, ficando assim o baleato entre o madrijo e a baleeira, lanceam-na e sangram ; mas ela apesar da dor nada faz à lancha; porque qualquer pancada com a cauda que desse, maltrataria o seu filho. Foge e não repele a agressão; mas pouco depois volta, e recebe repetidas lanceadas. Cansando-se nesse movimento, esgotando as forças também pela grande quantidade de sangue, que derrama o seu corpo, continua sempre junto a ele apesar de tudo até sua morte, ou morte dele, que os baleeiros evitam de dar para não perdê-la. Quando veem então que ela está muito enfraquecida, ou que bufa sangue, arpoam-na, e matam.
Temos descrito a pescaria, figurando as embarcações sempre à vela, e andando com vento; porém se este falta, e aparecem baleias, nem por isso perdem a ocasião e evitam a luta.
Arriam a vela e armam os remos. Perseguem a baleia fazendo um cerco, ou antes formando-se em um grande círculo. Aquele, de que mais a ela se aproxima, arpôa-a, e é o dono ; as outras lanchas pairam e não arpoam, só lanceiam, quando ela surge perto, o que acontece mais comumente no último caso de madrijo com filho, e que este não pode rebocar a lancha. Isso é considerado entre eles socorro.
Em qualquer das circunstâncias, terminada a luta com a morte da baleia, principia operação de amarrar e rebocar, o que constitui a terceira fase.
Algumas ficam boiando horizontalmente, outras mergulham a cabeça, e outras a cauda, e nestes dous últimos casos é muito penoso o serviço de amarrar.