Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

Assim partem intrépidos sulcando

Os palácios da linda Panopeia,

Com cuidado solícito vigiando

Onde ressurge a sólida baleia.

Oh gente, que furor tão execrando

A um perigo tal te setenceia?

Como pequeno bicho és atrevido

Contra o monstro do mar mais desmedido?! (60)Nota do Autor

A pesca propriamente é, porém, mais caracterizada nos seguintes versos:

Lá surge ao longe a baleia!

Ao mar, ao mar, companheiros,

Que nunca se arreceia

O peito dos baleeiros.

Corre, corre, baleeira,

Cortando as águas do mar.

Corre, corre, bem ligeira,

Vamos baleia matar.

À proa os homens do arpão!

Perna firme, o braço forte!

Os valentes da Nação

Sois do Sul até o Norte.

Solta o cabo, à vela arriar!

Deixa a baleia correr

Que correndo há de cansar

E cansada há de morrer.