Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

Elas têm merecido versos mais com relação à pescaria, em que se empregam, do que com referência a si mesmas.

Rema, rema jangadeiro (6)Nota do Autor

Que a maré vai de vazante;

Não há vento, nem há velas,

Pra parares um instante.

A construção das jangadas no norte da Bahia é diferente. Elas são formadas de seis paus do mesmo nome unidos por compridas cavilhas de madeira, três ou quatro, chamadas tornos, que os atravessam.

Tem um banco à proa, onde se coloca o mastro, que é o único, outro a meio, e outro à ré, e entre estes uma armação com forquilha, a que também chamam aracambuz, e que se destina ao mesmo fim que os das outras.

Este aracambuz é formado de dous pedaços de caibros infincados nos bordos, e de um mais grosso e alto no centro com forquilha na parte superior, atravessando uma tábua, que é escorada