existiam, eram caras, e por isso não as mandava, e por estar persuadido de haver nesta província madeira própria para construção delas,
"Não sabemos qual foi o resultado desta remessa.
"Consta-nos que em 1836 aportara a esta capital uma jangada vindo trazer notícias comerciais a um negociante desta praça.
"Em 8 de janeiro de 1866 saiu do Ceará em uma jangada o prático João Aprigio Antunes da Silveira, hoje piloto da armada imperial. No dia seguinte às 6 horas da tarde arribou ao Acaracú para reparar a vela, e saiu daí às 2 horas da madrugada do dia 10. No dia seguinte arribou ao lugar chamado canto do rapador próximo à ermida de S. José do Ribamar na ilha de S. Luiz para fazer aguada. No dia 12 pelas 10 horas da manhã fundeou na praia pequena onde causou muita admiração.
"Os dois jangadeiros tripulantes João José de Sant'Anna e Honorio de Abreu regressaram para o Ceará no vapor Santa Cruz, que também levou a mesma jangada desarmada.
"No dia 6 de dezembro de 1867 veio outra trazendo o oficial externo da polícia do Ceará com ofício para o chefe de polícia desta província por ocasião das indagações sobre introdução da moeda falsa.
"O oficial regressou à sua província num dos navios da Companhia Brasileira de Paquetes a vapor, deixando a jangada entregue aos cuidados do Sr. Amancio da Paixão Cearense. O Sr. Amancio, desejando ensaiar a pescaria em alto mar, mandou buscar outra, que aqui chegou em 13 de janeiro de 1868. Ambas eram mui apropriadas a esse fim: tinham 42 a 45 palmos de comprimento, eram feitas de seis paus de um a dois palmos de diâmetro e tinha cada uma a sua vela, que é maior de que qualquer das canoas de pescaria daqui.