À noite rara vez se a faz, e nas melhores circunstâncias de tempo e mar, e quando não há fosforescência, que aliás é fenômeno pouco comum no porto da Bahia, empregam o sistema de abalo, que as faz emalhar, por elas não verem a rede, e pouco saltarem em noite escura.
Todos os canoeiros têm suas invocações, e o seu dia de festa no ano; e em geral não há povoação nas ilhas do interior, ou enseadas mesmo, a que pertença um certo grupo de canoas, ou de saveiros, e em que haja um capataz, que não faça uma vez no ano a sua romaria, como chamam.
No gênero e costume elas são iguais; há entretanto pequenas diferenças quanto aos seus preparativos, e escolha do juiz, a que eles apelidam Chefe.
A forma mais geral é esta:
Na véspera da festa embandeira-se a praia, e são convidados pelo Chefe do ano os donos das embarcações do lugar, que se reúnem do meio-dia em diante, em hora em que já tenha chegado a banda de música contratada para o festejo, a que chamam Santo Zabumba.
Esta reunião tem lugar em casa, e algumas vezes na praia, servindo de assento aos membros dessa assembleia as próprias canoas encalhadas.
O Chefe do ano, e mais os chefes, que já foram, constituindo um tribunal especial, de comum acordo propõem um dos membros, que ainda não exerceu esse emprego.