Algumas vezes o indicado pede desculpa e escusa do cargo por motivos, que apresenta em geral, com relação ao seu estado financeiro.
Isso vai sucessivamente se dando até recair a escolha em um que aceita.
Nessa ocasião toca a música, e sobem ao ar foguetes, como uma saudação e prova de reconhecimento do novo chefe.
Essa sessão, que é assistida pelos tripulantes das canoas, ou saveiros de pescaria, e habitantes do lugar, (porque a festa de que estamos tratando, ou romaria, como eles chamam, é um verdadeiro acontecimento na povoação), não pode ser concluída sem ter voto intruso a mulher.
Assim rara é a vez que alguma não protesta a bem da economia da casa, e do seu sossego e bem estar, contra a escolha de seu marido, ou companheiro para tão elevado cargo, que sempre o força a grandes despesas, às vezes superiores às suas posses, pelo estímulo e emulação, que reinam entre eles.
Outras ao contrário enchem-se de júbilo, e ficam vaidosas pela escolha do seu homem naquela ocasião.
À aclamação do Chefe e da assembleia ao substituto no seguinte ano, corroborado ainda pela fanfarra e o som da foguetaria, seguem-se as felicitações ao novo escolhido, e os protestos de auxílio em geral para sua festa por parte de todo o auditório. Não é raro ouvir-se um compadre, ou amigo íntimo, para dar uma prova pública da amizade, ou gratidão, ou para querer fazer bonita figura, dizer: Compadre eu dou a missa, Fulano eu pago a música, e outras frases análogas.
A mulher do escolhido também é festejada pelas suas amigas, que ufanas se oferecem umas para cozinhar, outras para auxiliar o serviço da casa, outras prometem