As ofertas para o leilão são feitas pelas pessoas da povoação e convidados em ação de graças ao Santo, que festejam, e consistem em geral de flores, frutas, mariscos preparados e diversos pratos de comida e sobremesa.
Esta parte do divertimento é a alma da festa e dá motivo a muito gracejo, muita pilhéria apimentada, com que se apazentam os espíritos pouco cultivados; os ânimos se exaltam, as moçoilas desejam, seus pretendentes porfiam, as bolsas esvaziam-se, e por fim impera o deus ouro.
Casos há também que algum rapaz se excede às suas forças pecuniárias em luta com outro, que cobre seus lances para satisfazer desejos, que são ordens, e em ocasião de pagamento o leiloeiro não encontra a quem entregar a prenda, que tem em mão; porque se retirou o lutador por não possuir o que ofereceu. Ele manda a música tocar o funeral, e o pretendente repudiado desaparece da cena, apupado por todos e desconceituado por sua querida.
Recolhe-se essa prenda, e assim o leilão continua até a madrugada às vezes, enquanto que não muito longe fervem os sambas.
No dia da festa saem pela manhã as canoas a vela e todas embandeiradas para o lugar da igreja do santo de sua invocação, indo em uma das maiores a música.
Na Gamboa e Pedreiras, povoação da capital, a do Chefe leva na popa arvorada a bandeira do Santo.
Em Itapagipe levam uma bandeira com um ramo no tope do pau.
Aí chegados assistem descalços à missa, terminada a qual o sacerdote benze a bandeira e o ramo, e entrega ao novo chefe.
Em seguida vai à praia, onde estão todas elas fundeadas e unidas, e após uma cerimônia, benze-as também.