Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil

Então eles saem todos, dão diversas bordadas, e regressam ao porto. Nessa volta o primeiro, que salta em terra, é o chefe, que recebeu o ramo.

O que saiu convida a todos os companheiros, e dá um grande jantar, a que também assiste o vigário, ou padre, que celebrou a missa, e assim termina o dia, acompanhado de sambas, música, lundus e modinhas.

Entre elas pode-se lembrar a seguinte, muito característica:

Nas margens de uma ribeira

Um pescador passeava

Entre rochedos e ondas

A Cupido assim falava:

— Que te curve meus joelhos

Não esperes rei traidor,

Minha canoa, meu remo

Minha rede, meu amor.

Mas se algum incauto peixe

Na rede se prende, eu digo

É assim que o tirano rei

Pretende fazer comigo

— Mas que eu seja teu vassalo

Não esperes rei traidor,

Minha canoa, meu remo

Minha rede, meu amor.

Eu vi de Nevina ingrata

O pobre infeliz amante,

Já sem canoa, sem remo,

Vagando na praia errante