A vela é um redondo, ou mais propriamente um retângulo, com muita esteira em relação à guinda. A adriça fica colocada a um terço da verga, e passa por um furo feito no mastro, e dá volta na sua bancada.
Estas embarcações pouco, ou nada barlaventeiam; porque são de fundo de prato, e muito rasas, e não usam de espadela.
Quando velejam à bolina folgada amuram a vela na borda da cana à vante; mas quando andam à popa o fazem na bancada junto ao mastro; porque, trazendo o punho d'amura a meio da canoa, e abaixo da borda, o da escota fica alto dela, e livre de receber água de alguma pequena vaga para fazer pesar a vela, e correr risco a canoa.
Pela muito diminuta boca em relação ao comprimento destas embarcações, armadas com vela baixa, mas com muita superfície da parte de sota-vento, que é mais de metade do todo, é necessário muito cuidado na manobra de cambá-la para não virar a canoa. Para isso arriam a vela, e vão colhendo a parte de sota-vento até a verga, em cujo lais dão um cote com a própria escota, prolongam a verga com o mastro, cambam e amuram.