Foi calculado o índice frontozigomático, isto é, a relação centesimal entre o diâmetro mínimo frontal e o diâmetro bizigomático, a fim de investigar possíveis influências mongoloides. O crânio tipicamente mongoloide é caracterizado por um diâmetro frontal reduzido em confronto com a acentuada largura bizigomática. Crânios masculinos com índices acima de 71 são considerados livres de influências mongoloides. Para as mulheres o limite é de 72,3.(3) Nota do Autor
Vê-se que, em ambos os casos, as médias são superiores aos valores mencionadas, de modo que, com relação a esse traço particular, a questão da influência mongoloide deve ser respondida negativamente. De outro lado é óbvio que, com exceção de apenas quatro casos duvidosos, todos os tapirapé têm dentes incisivos em forma de pá, índice seguro de influências mongoloides.(4) Nota do Autor
Como era de esperar, todos os tapirapé pertencem ao grupo sanguíneo O.
Se examinarmos o quadro I a fim de saber quais traços se reúnem nas associações predominantes, ver-se-á que, entre os homens tapirapé, a baixa estatura se liga à braquicefalia e a uma baixa altura cefálica, em dez casos. Em oito indivíduos essa mesma associação se liga a um diâmetro frontal largo (acima de cem mm). Desses oito indivíduos, três são mesoprósopos e um é mesorrino. Limitando o nosso exame a esses seis característicos (estatura, índice cefálico, índice facial, índice nasal, altura cefálica e diâmetro mínimo frontal), vê-se também que quatro homens são baixos, braquicéfalos, leptoprósopos, mesorrinos, tendo o diâmetro frontal largo e a cabeça baixa.
Também entre as mulheres tapirapé, baixa estatura, reduzida altura cefálica e braquicefalia estão associadas em 11 indivíduos. Porém, destes, sete têm um diâmetro frontal estreito (abaixo de 95 mm), cinco são mesorrinos e dois leptoprósopos. Em três casos, baixa estatura, braquicefalia, mesorrinia, diâmetro frontal estreito e altura cefálica reduzida estão ligados à mesoprosopia.
A fim de medir a variabilidade do grupo tapirapé, foi calculado o desvio padrão, que exprime a dispersão das variantes em torno de sua média, estabelecendo uma zona de "normalidade sigmática", acima e abaixo da média aritmética.
De modo geral, os valores apurados podem ser considerados baixos indicando a elevada homogeneidade somática dos tapirapé. Numa série de medidas importantes as mulheres são mais variáveis do que os homens, particularmente no que diz respeito à estatura, comprimento, largura e altura da cabeça. A diferença intersexual é extraordinária no caso da altura cefálica. Quanto à face é preciso dizer que, na maioria das