Saindo dali, daquele recinto festivo, sob as vistas admiradas e enternecidas de quantos o ouviram, recolheu-se, confortado pelo carinho nunca esmorecido da companheira de sonhos, de triunfos e de tristezas, às bem-aventuranças de seu ambiente doméstico, onde a presença constante da descendência enorme(411) Nota do Autor, trêfega e palradora, contrastava singularmente com a sua velhice serena e grave.
O que foi o visconde na intimidade de seu lar profundamente bem equilibrado, revelam-nos estas palavras de carinhosa reminiscência de D. Maria Eugênia Celso:
"A chácara foi a morada que ele mais tempo ocupou, de lá saindo para o exílio em 1889, quando o surpreendeu a República, como Presidente do Conselho. Era uma dessas antigas vivendas apalacetadas, de linhas arquitetônicas muito simples e de amplas acomodações, erguida ao centro de um vasto jardim. Um imerso gramado e um repuxo a meio escondido num bosquedo de arbustos, bancos de pedra e dois tanques redondos cheios sempre de uma água fresquíssima, o ornamentavam.
Atrás do renque de palmeiras imperiais que se enfileiravam ao longo do gradil da rua, tinha singular majestade. A entrada se fazia pela alameda da direita que contornava o prédio e para onde dava o largo terraço lateral do vestíbulo. Notabilizava-se a sala de entrada por dois quadros de Vitor Meireles: A passagem de Humaitá (pertencente hoje ao Dr. Paulo Parreiras Horta, neto do visconde e a Batalha do Riachuelo (pertencente hoje à Escola Nacional de Belas Artes) recordando a gestão do Ministro da Marinha, na primeira fase da guerra do Paraguai.