Poder local na República Velha

local, sem que, todavia, tivesse ele ocupado cargo público eletivo.(6) Nota do Autor E é nesse mesmo ano que o grupo do Dr. Teodoro perde o mando, recusando-se a comparecer às eleições, "alegando estar ameaçado de morte e não haver garantias", procedimento idêntico ao do grupo oposto nos anos de 1903 e 1905.

Passando a viver em São Paulo, após a perda da liderança política local, o Dr. Teodoro quando vinha à sua fazenda que herdara do sogro, a "Bela Vista", no Chibarro, desembarcava do trem na estação do Ouro ou do Chibarro, negando-se a circular em Araraquara.(7) Nota do Autor

Após a retirada do Dr. Teodoro, e até 1930, o comando político local estaria em mãos de filhos do "Coronel" Antônio Joaquim de Carvalho, ao lado de Bento de Abreu Sampaio Vidal. Sucedendo a Dario, em 1917(8) Nota do Autor assumiria o cargo de Prefeito Plínio de Carvalho, cargo que desempenharia ininterruptamente até a vitória de Vargas, quando o PRP perderia o mando.

Plínio era filho do segundo casamento do "Coronel" Carvalho e sua longa permanência no supremo posto do Executivo municipal seria ligada a frequentes atos de capanguismo, arbitrariedades e intolerância a qualquer manifestação de oposição política. São ainda bem frequentes, nas reminiscências da velha geração araraquarense, as múltiplas histórias de surras exemplares aplicadas pelos truculentos fiscais municipais, "os capangas de Plínio", sempre portando armas na cintura, ostensivamente, e intimidando adversários que, publicamente, nunca ousavam afrontar

Poder local na República Velha - Página 213 - Thumb Visualização
Formato
Texto