nos seus últimos anos de existência, pôde sentir a ascensão do prestígio do filho e escreveu embevecido aos parentes.
Mas o jovem bacharel também amava e, após dois namoros malsucedidos, um dos quais terminou com a morte da noiva, apaixonou-se afinal por uma das mais belas e atrativas moças da Bahia, Maria Augusta Viana Bandeira, de excelente origem, mas de família pobre.
Após a morte do pai, e antes do casamento, Rui veio à Corte, a ver se era possível a mudança de ambiente. Esteve então em maior contato com os parentes que ele só conhecia ligeiramente em suas idas a São Paulo.
A principal figura da família no Rio de Janeiro era o conselheiro Albino José Barbosa de Oliveira, magistrado, fidalgo, monarquista renitente e conservador por princípio. Albino era o neto mais velho do Dr. José Barbosa de Oliveira, de quem acima se falou. Nascera em Coimbra, cursando o pai o curso jurídico, e frequentará os meios aristocráticos (e miguelistas) de Lisboa. Fora juiz em Minas, na Bahia, chefe de polícia no Pará e desembargador no Maranhão. Era agora ministro do Supremo Tribunal do Império e rico proprietário. Casara-se com a filha do coronel Francisco Inácio de Sousa Queirós, em São Paulo, e era senhor de boas fazendas de café, parcelas de imenso espólio do brigadeiro Luís Antônio de Sousa, tio e sogro do dito coronel.
Albino morava num grande prédio com quatro pavimentos à rua dos Inválidos, então aristocrática. Herdara-o do pai, também magistrado, mas ampliara-o e embelezara-o muito. Como era extremamente parenteiro, tinha sempre cheios os quartos de hóspedes, em que acolhia os primos, seus e da mulher. Aí morara algum tempo João Barbosa, quando deputado geral. Aí morou Rui, encontrando da parte da família do primo o acolhimento mais carinhoso.
Albino tinha três filhas, a última das quais ainda solteira, o que não deixou de provocar certo ciúme da parte da noiva que deixara na Bahia. As duas mais velhas eram casadas; a mais velha, Francisca, com o Dr. Antônio de Araújo Ferreira Jacobina, professor e fazendeiro, antigo deputado liberal, colega e amigo de João Barbosa na Câmara de 1862 a 1864. (Fora mesmo João Barbosa que o aproximara da família e facilitara o casamento); a outra com um primo, o barão Geraldo de Resende, fazendeiro e político conservador, que teria a glória de votar a Lei de 13 de maio.