experiência no sentido de assumir responsabilidades ou tomar decisões. A escola tradicional, presente no século passado ou no nosso século, no sistema educacional brasileiro, oferece poucas oportunidades verdadeiras para que o professor possa realmente ser o guia do seu aluno; ambos não chegam a se conhecer suficientemente. É por todas estas razões que nosso espírito se orientou em ver, nos planos reformistas da escola secundária propostos por Rui, as suas tendências mais atualizadoras, que representassem importantes esforços a se realizar para corrigir as deficiências assinaladas.
Nessa direção, pois, dois aspectos devem ser assinalados: a inclusão dos sete cursos, já observados neste capítulo, pela qual procurava concretizar o objetivo maior ("se o Brasil é um país especialmente agrícola, por isso mesmo cumpre que seja um país ativamente industrial") da escola; o outro, mais de natureza metodológica, a de necessidade da integralidade do ensino desde a escola primária. "Esta", advoga Rui, "a verdade por excelência, hoje, a verdade das verdades neste assunto". Era, em outras palavras, a aplicação do princípio da inseparabilidade vital entre as ciências e as letras na organização do curso secundário, como consequência de sua fidelidade positivista(141) Nota do Autor ao princípio da homogeneidade do espírito humano.
Seu plano de ensino secundário robustece nossa tese do status social de Rui e a encarnação de seu espírito nas ideias progressistas da nova camada social, que se avolumava nos anos do ocaso do sistema monárquico. Ideias que exigiam, como imperativos vitais, a luta contra as formas obsoletas da sociedade política vigente, exigindo a implantação da República; ideias que exigiam, na esfera das finanças, a difusão do crédito, "o mais enérgico propulsor do nosso movimento