O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX

de possível nova ciência, tanto antropológica como ecológica. Esse esforço brasileiro que despertou grande interesse da parte do historiador inglês Arnold Toynbee, quando esteve no Recife: tanto que se comprometeu a, de volta ao Brasil, proferir no Seminário conferência sobre "o futuro do trópico visto por um historiador".

Reuniram-se os antropólogos brasileiros e seus convidados estrangeiros, à sombra amiga de uma Universidade - a Federal de Pernambuco - que, entre seus órgãos de estudos mais altos, conta com um seminário interdisciplinar, permanentemente dedicado ao esforço de reunir contribuições brasileiras idôneas ou válidas, para importante ciência ainda em formação: a Tropicologia Ciência que, sendo ecológica, é também antropológica nas suas perspectivas e nas suas abordagens.

Mas três outras instituições brasileiras situadas na capital de Pernambuco como que se uniram à Universidade Federal de Pernambuco para receber, em maio de 1978, antropólogos, dentre os mais ilustres do país, e alguns, seus convidados, da América e da Europa. São instituições, as três, com afinidades de preocupações científicas, ou paracientíficas, com os eminentes mestres que o Recife acaba de hospedar. São elas o Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais: um Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais a que não falta atuante Departamento de Antropologia e um Museu de Antropologia que se situa entre os mais avançados centros de estudos antropológitos no Brasil de hoje. Um museu com originalidades que lhe dão singular relevo: entre elas, a sua coleção de ex-votos na qual aos relativos a partes do corpo humano se juntam os de reconhecimento por outras graças recebidas dos santos: casas próprias, por exemplo; moendas ou máquinas recuperadas; cascos de animais úteis salvos de doenças fatais; espigas de milho simbólicas de safras bem-sucedidas. Onde, ex-votos dessa espécie? Coleção a que se junta a de coleções de cigarros dos fabricados no Brasil no decorrer do século XIX, com nomes como o de Pedro II, o de Joaquim Nabuco, o de Dom Vital; a de madeiras, tijolos, telhas e azulejos empregados em casas tipicamente regionais desde a era colonial; a de luminárias populares.

Outro instituto: o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Este, tendo surgido há 150 anos, vem juntando, a objetivos de estudos de Geografia e de História, pioneira atenção, que a alguns pareceu a princípio descabida, pela Arqueologia: ramo da Antropologia. Por que Arqueologia -

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