porque este engano de gente do Brasil é a maior parte, a estes deve Vossa Alteza acudir, que os ricos por si se defendam".

O conselheiro Rui Teles de Menezes concordou com este parecer, que foi assinado, opinando que para a fixação dos preços dos açúcares fossem chamados os interessados, e não acordando se a fizesse por lei.

(Documentos Históricos, vol. 88, pp. 75/78).

Contrabando: "... sendo aquela Bahia tão larga e tão diversos os rios por onde estavam os engenhos era impossível cortar-se o trato oculto das barcas que de noite podem ir a qualquer navio estrangeiro que esteja em franquia, por mais exatas que fossem as tenções de quem governa aquele Estado e por essa razão difícil a averiguação dos cúmplices daquele delito".

(Carta do governador do Brasil, 17 de abril de 1676, ao rei - Documentos Históricos, vol. 88, p. 111).

Preço de escravos: "e se podiam comprar ali (Bahia) a 45 e a 50 mil-réis a cabeça ou virem de Angola por conta do donativo, sendo escolhidos e de capacidade para o trabalho".

(1682 - Documentos Históricos, vol. 88, p. 228).

Latifúndios no Rio Grande do Norte: "Há homens a quem se tem dado quantidade de terra que se não pode povoar, porque alguns têm a duas e três sesmarias cada uma de cinco e seis léguas em quadro, e as vendem e arrendam e há muitos moradores que não têm terra nenhuma onde possam acomodar suas criações" (Carta da Câmara da capitania do Rio Grande, de 4 de agosto de 1680 ao rei - Documentos Históricos, vol. 88, p. 217).

Crises: "Duas pestes de bexigas com que se acham (os moradores da Bahia) tão atenuados de fazenda que apenas podem hoje sustentar as famílias que antes viam bem abundantes" (Carta dos oficiais da Câmara da Bahia ao rei, de 7 de julho de 1681 - Documentos Históricos, vol. 88, p. 215) - Vide Documentos Históricos, vol. 90, pp. 50, 131, 138, 224, 256.

Crises: "Miserável estado em que se acha aquela cidade e seu recôncavo ocasionado dos limitados rendimentos dos seus frutos, e