O ouro brasileiro e o comércio anglo-português. Uma contribuição aos estudos da economia atlântica no século XVIII

que se apresentou, portanto, foi o impacto deste novo elemento naquela economia.

Por outro lado, os estudos dos economistas e dos historiadores da Economia têm levado ao estabelecimento de flutuações cíclicas e à identificação - através de estatísticas e seriação de preços, salários, produção etc. - de movimentos que variam desde as flutuações sazonais até as tendências seculares, tela de fundo do desenvolvimento econômico da humanidade, segundo G. Imbert. Sobre os movimentos seculares, G. Imbert, sintetizando os estudos já realizados por outros economistas e historiadores, identifica as seguintes fases:

1. Economia medieval (1250 a 1507-10)

Alta secular (fase A)

- 1200 a 1375 (França)

- 1200 a 1316-19 (Inglaterra)

Baixa secular (fase B) - 1316-19 a 1507-10

2. Economia mercantilista (1507-10 a 1722-43)

Alta secular (fase A) - 1507-10 a 1635-50

Baixa secular (fase B) - 1635-50 a 1722-43

3. Economia capitalista (1722-43 a 1896)

Alta secular (fase A) - 1722-43 a 1808-17

Baixa secular (fase B) - 1808-17 a 1896

4. Economia planificada (1896 a ? ) Alta secular (fase A) - 1896 a ?

Ante essas flutuações dos movimentos seculares, nova questão se impôs: o Brasil acompanhou a tendência geral? Mais especificamente, quais os reflexos da baixa secular mercantilista e da alta secular capitalista sobre a economia brasileira?

A mudança da tendência dos movimentos seculares é explicada por alterações estruturais que, segundo ainda G. lmbert,

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