O ouro brasileiro e o comércio anglo-português. Uma contribuição aos estudos da economia atlântica no século XVIII

e expansão do tráfico são, pois, as características que presidiram o Brasil setecentista.

Comparando agora estes aspectos àqueles com que F. Braudel e G. Imbert caracterizam o século XVIII, podemos integrar o Brasil na conjuntura mundial. Para F. Braudel, o século XVIII é caracterizado pelos crescimentos: demográfico, geográfico, industrial, e do tráfico e da renda nacional.(10) Nota do Autor Para G. Imbert o que define o século XVIII é a evolução demográfica, a revolução agrícola e o aumento do meio circulante.(11) Nota do Autor Excluindo-se a revolução técnica e agrícola e o crescimento industrial, as demais características são as mesmas que presidiram à evolução brasileira no século XVIII.

5.3. - O OURO BRASILEIRO NA ESTRUTURA ECONÔMICA MUNDIAL

Na Introdução deste trabalho, foram resumidos os resultados a que chegaram os economistas e historiadores com referência aos movimentos seculares. G. Imbert adjetiva de medieval aquele que se desenvolve entre 1250 e 1510; mercantilista, o que se estende de 1510 a 1720-40; capitalista, o que se desenvolve de 1720-40 a 1895-96; e, de planificado, aquele que se prolonga até nossos dias.(12) Nota do Autor

Os movimentos seculares originam-se das modificações estruturais ocasionados por mudanças políticas, econômicas e sociais. Estas modificações estruturais podem advir de várias causas como aumento da população, descoberta de novas minas de metal precioso, modificações na técnica de produção, novas orientações da política econômica. A alta da tendência secular corresponde, pois, a um período de transição entre um sistema econômico que morre, com uma produção estagnante, e as novas estruturas econômicas que vão se materializar em um novo sistema.(13) Nota do Autor

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