"sua parte ou dos seus que fizesse ao menos presumir que ele tentasse contra o governo da república"(21) Nota do Autor
Mais adiante prossegue César Zama, no referido libelo publicado com pseudônimo:
"Era mais que anormal o que se passava na Bahia: uma população de mais de vinte mil almas defendia — unguibus et rostris — o seu direito de vida e propriedade.(22) Nota do Autor
"O governo da União não se deu ao trabalho de inquerir de coisa alguma, esquecendo até o que devia à humanidade e às luzes do século."(23) Nota do Autor
"Monstruoso atentado que a posteridade registrará como o mais negro borrão da nossa história"(24). Nota do Autor
Ainda mais adiante, escreve César Zama que se conseguiu "exterminar em um país, que tem pago a peso de ouro a imigração europeia, uma povoação de cinco mil e duzentas casas habitadas por brasileiros que se entregavam à indústria agrícola e pastoril".(25) Nota do Autor
"Canudos era a povoação mais numerosa talvez da Bahia, depois da capital.
Pelo número das casas contadas depois do assalto e arrasamento, não será exagerado dizer-se — são palavras de Cézar Zama — que o número dos seus habitantes atingia a quase vinte e cinco mil almas.
Nesse vasto recinto de sertanejos ignorantes e rudes não havia uma só casa de mulher pública. Em nosso clima e com os nossos costumes é fato quase inacreditável. Havia ali escola "pública" e tal ou qual policiamento. Os delitos correcionais Antônio Conselheiro os punia lá a seu modo. Os crimes graves ele os entregava às autoridades da comarca".(26) Nota do Autor Comarca de Monte Santo.
"O característico da gente de Canudos (dizem os oficiais e soldados) era não tocar no alheio; matavam os adversários, apossavam-se das armas e munições que encontravam; mas dinheiro",