Antônio Conselheiro e Canudos

"joias ou quaisquer outros objetos de valor ficavam com o morto."(27) Nota do Autor

"Também não perseguiam os vencidos além da área que consideravam propriedade sua.

Aquela povoação proporcionava ao Estado pingue fonte de receita do imposto de exportação sobre peles."(28) Nota do Autor

Seria conveniente transcrever na íntegra a página 55, mas não é necessário.

César Zama não aceita a versão de que Antônio Conselheiro fosse "desequilibrado, fanático".

"Nós o temos na conta de um crente, cujo espírito vivia em um sonho perene entre os labores da terra e as esperanças do céu: trabalhava, orava e predicava."(29) Nota do Autor

Aquela gente havia encontrado a reparação ao seu passado sofredor: roubadas as suas propriedades, expulsos das suas terras pelo fisco, pelos policiais desalmados, pelas autoridades ou seus agentes arbitrários e maus, pelos políticos sem sentimentos humanos. Vítimas da brutalidade e do egoísmo encontraram a terra de Canaã, guiados pelo seu chefe, cuja palavra até então fora sempre um bom conselho.

ABUSOS DOS PODEROSOS

Escreve o grande jornalista meu contemporâneo e antigo governador de Alagoas, Costa Rego: "Os abusos de autoridade se repetiam tão frequentemente e foram de tal sorte estes abusos, que os sertanejos, por fim, temiam mais a polícia do que os bandidos".(30) Nota do Autor

"A desconfiança da autoridade — escreve Pedro Calmon — que só aparecia para oprimir, com a polícia; para depredar",

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