quando lá estive, figurava também outra sua carta manuscrita e por ele assinada, endereçada a Paulo José da Rosa, um dos seus auxiliares.(25) Nota do Autor
Desde que estou tratando de aspecto da cultura material de Belo Monte, desejo desfazer um erro que se vai perpetuando e a que me referi anteriormente, à página 10. É o aludido à casaria de Canudos. O ilustre historiador Douglas Teixeira Monteiro a este respeito poderia classificar como mera anedota a descrição que dela faz Euclides da Cunha.(26) Nota do Autor O referido historiador poderia usar da mesma cortesia com que qualifica as referências de Euclides aos pretensos milagres do Conselheiro.(27) Nota do Autor
Afirma a este propósito o "caráter anedótico" da narração d'Os Sertões.(28) Nota do Autor
Canudos nem foi "Tróia de taipa", nem "urbs de barro". É como a denomina Euclides, depois de assim descrevê-la: "Olhada sem a alvura reveladora das paredes caiadas e telhados encaliçados, a certa distância era invisível. Confundia-se com o próprio chão.(29) Nota do Autor
Tinha o aspecto perfeito de uma cidade cujo solo houvesse sido sacudido e brutalmente dobrado por um terremoto."(30) Nota do Autor
A explicação é que Euclides da Cunha se engana aqui como se iludiu quanto ao próprio número das casas: "Surpreendente! Tem mais de duas mil casas", anotou na sua Caderneta de Campo.(31) Nota do Autor
Quem nos deve informar sem erro é Alvim Martins Horcades, que permaneceu em Belo Monte até o último dia da guerra e ainda assistiu, no dia seguinte, à exumação do cadáver do Conselheiro (dia 6 de outubro). Portanto, viu de longe e viu de perto a vila mártir.(32) Nota do Autor