"as correrias de mandões e bandoleiros; com o funcionário municipal para cobrar o imposto..."(31) Nota do Autor
Ainda o mesmo grande historiador: "O Estado (da Bahia) aspirava à paz pública para desenvolver as suas poderosas forças econômicas. E, se não a gozou plenamente, por largo tempo, isso foi devido aos conflitos políticos, pessoais, partidários que, por longos anos, tiraram à sua vida administrativa fulgor e eficiência".(31-A) Nota do Autor
E temiam os chefes políticos dos partidos em luta sórdida, inclusive quando sacerdotes.
Estava recolhendo dados a este respeito, quando leio na bibliografia do insigne Sílvio Romero referência ao seu opúsculo O Vampiro do Vaza-Barris, 1895. O título e a data me convenceram de que se tratava de Antônio Conselheiro e de Canudos. Era a época em que se cobria de insultos o Conselheiro. E Canudos demora numa longa curva do Vaza-Barris.
Verifiquei, porém, não se tratar de Antônio Conselheiro, mas do vigário Olympio Campos, deputado federal por um dos partidos em luta (1895) e chefe da zona sergipana do Vaza-Barris. Sílvio Romero alcunhara-o "Vampiro do Vaza-Barris", rio que também banha o Sergipe.
Um dos fatos narrados por Sílvio Romero elucida bem a situação: "O agente do correio da Itabaianinha telegrafou pedindo garantias às autoridades federais. O alferes enviado para lá, ao chegar, comunicou aos seus superiores, narrando que o padre político já se havia retirado acompanhado de grande número de criminosos, depois de ter subtraído os livros da intendência (municipalidade), arrombado as portas e ter feito outros desatinos. A vila está em completo abandono." Acrescenta Sílvio Romero que "as famílias viviam em sobressalto e as propriedades em perigo".(32) Nota do Autor
Por esse mesmo ano de 1895, o governador do Estado da Bahia, Dr. Joaquim Manuel Rodrigues de Lima, entende-se com o arcebispo metropolitano para enviarem a Canudos o padre frei