Quebra-quilos. Lutas sociais no outono do Império

Moacir Sant'Ana (11) Nota do Autor, "a população alagoana livre aumentara em 67,5% enquanto a escravatura local diminuíra em mais de 10%, diferença devida não só à exportação para as Províncias do Sul do Império, como à elevada mortalidade infantil entre os negros. A devastação é causada pela varíola, febre amarela e principalmente pela cólera morbo, nos anos de 1855 e 1862, moléstias responsáveis pela morte de grande número de escravos". O Quebra-quilos explodira em Alagoas em um período de mudanças de suas classes e camadas sociais, tão bem percebida por Douglas Apratto Tenório ao assinalar que "ao lado da preeminente classe dos senhores de terra e dos escravos e agregados, insinua-se uma classe média urbana, constituída por elementos ligados ao comércio, pelo imenso funcionalismo, pelos profissionais liberais, bem como um contingente operário que trabalhará em atividades modernizadoras ou nas incipientes indústrias maceiosences" (12) Nota do Autor. Diferentemente de Pernambuco, a Província das Alagoas, por ocasião da eclosão do Quebra-quilos, não apresentava déficit orçamentário (13) Nota do Autor porém dez anos depois aparecia, esclarecendo a verdade contábil, a própria informação do Presidente Provincial José Moreira Alves da Silva, dirigindo-se a Cotegipe: "Recursos bastantes de riqueza tem a Provincia em si; faltam-lhe porem, os meios para desenvolvel-a, e estes estão ao alcance de V. Ex. e do nobre Governo Imperial. As rendas publicas provinciaes, se não tem retrogradado, como que estacionam, e dahi o mal estar da Provincia, porque estas precisam progredir para satisfação das necessidades publicas que, de dia a dia, vão crescendo (14) Nota do Autor.

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