O pedido de tropas feito por Silvino Carneiro da Cunha a Henrique Pereira de Lucena, Presidente de Pernambuco, não escapara também à irreverência dos redatores de A Província, que se aproveitaram da ocasião para ridicularizar, ao mesmo tempo, Lu-cena e o Ministro João Alfredo. As alusões eram diretas: "O Sr. Lucena ha de ser sempre o Sr. Lucena: homem sempre a tremer diante da revolução fazendo evoluções militares. Sempre a enganar-se e iludir-se com os homens e as coisas. Quem disse ao Sr. Lucena que ha movimento armado? Para que mandou força anteontem e ontem para a Paraiba, e vai mandar hoje? Pois ignora, ainda duvida o Sr. Lucena, que o povo do interior está reunido não para a guerra, mas para vir cumprimentar e felicitar o ministro João Alfredo, pela sua excelente gestão nos altos negocios da Patria? (...) Para que força? Mande, Sr. Lucena, recolher toda a tropa aos quarteis, e unicamente fazer sair as musicas, e atacar foguetes. A epoca é de festas! (...) Por que não vai o ministro? (...) Andam barulhos pelo interior da Paraiba, e o Sr. Lucena mandou 100 homens de presente ao seu colega Silvino. Que ocasião perdida! (...) O Sr. João Alfredo, o homem da popularidade imensa, do saber imenso, da beleza imensa, de tudo imenso... o Sr. João Alfredo devia ir, e tudo se acabaria em festas e melopeas".
Se o Partido Liberal, institucionalizado, olhara com as mais severas reservas a insurreição popular, individualmente, muitos liberais aceitaram a legitimidade social da revolta. Um deles, sob o pseudônimo de "Um Parahybano", solicitaria na imprensa a publicação desse curioso documento para a compreensão do pensamento liberal-republicano da época: "Essa provincia tocou o desespero. O peso dos impostos e o modo barbaro de cobra-los e as extorsões de todo genero feitas ao povo para saciar esse sorvedouro insaciavel que se chama "necessidades públicas" esgotaram afinal a paciencia deste e lançou-o no caminho da revolta. Não somos amigos das revoluções armadas, mas um povo que se deixa matar à fome é um povo suicida; e o suicidio é uma infamia num povo, como o é no individuo. O governo do Imperador quer matar o povo à fome, o povo não achou recurso nos seus representantes e governador que são meros instrumentos daquele governo, não teve coragem para deixar-se matar, lançar mão do triste, mas unico recurso que lhe restava - a força, está no seu direito porque defende sua vida".
Depois de justificar a revolução como último caminho a ser tomado, o anônimo autor do artigo mostra que a situação é resultante