navio norte-americano e a participação norte-americana no tráfico brasileiro são assuntos extremamente elucidativos na apreciação do desafio que os americanos opuseram à preponderância britânica no Brasil até 1850.
Aliava-se, por meio do navio americano, o avanço da técnica naval dos Estados Unidos ao comando do tráfico pelos portugueses nessa época, preenchendo, exatamente, a lacuna que teria dificultado sua procrastinação, dado o arrojo da repressão britânica, precisamente na década de 40.
A carta confidencial de Wise a Calhoun, datada de 12 de janeiro de 1845, revela intromissão dos britânicos até no problema da escravidão dentro dos Estados Unidos, através de documento que surrupiou dos britânicos. Trata-se das "Instruções" de lorde Aberdeen a seus cônsules nos Estados Unidos, para fazerem um levantamento completo da situação da escravidão, Estado por Estado(60). Nota do Autor
É difícil encontrar ângulo mais expressivo na diversidade de ação entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos no Brasil, durante a primeira metade do século XIX, do que o resultado da posição norte-americana no tráfico brasileiro, posição que foi adquirindo maior proeminência com o avançar da década de 40.
Em 1849, essa proeminência enlanguesceu, precisamente na data em que começava o rush do ouro na Califórnia; de 1850 em diante, com sequelas esporádicas, vai desaparecendo a participação norte-americana, juntamente com o próprio tráfico brasileiro, que então praticamente estancou(61). Nota do Autor