Desafio americano à preponderância britânica no Brasil: 1808-1850

CONCLUSÕES

Muitas das conclusões que se seguem, decerto o leitor deste livro já as tirou. Ademais, conclusões parciais e considerações capazes de levarem-no a antecipar muito do que se escreverá agora foram entremeando a narrativa e a análise dos fatos nos sete capítulos aqui apresentados. Cumpre, entretanto, tecer mais algumas considerações sobre o tema abordado, a título de conclusão. A rigor o trabalho científico é sempre uma etapa, um degrau que pode e deve ser superado e, por isso mesmo, concluir é mais o apresentar sugestões do que pretender soluções.

Se foram válidos os argumentos aqui trazidos, e convincente a documentação usada, percebe-se que até mesmo a barreira econômica, erguida pela preponderância da Grã-Bretanha no Brasil, encontrou no desafio a ela oposto pelos Estados Unidos, entre 1808 a 1850, um elemento de perturbação mais expressivo do que se tem cuidado até agora.

Isso porque a presença estrangeira em nosso país, em geral, tem sido observada mais do ponto de vista econômico; mais do que todas as outras, a britânica constituiu objeto de constantes considerações dessa natureza. Mesmo seguindo tal linha de abordagem, basicamente semelhante à do clássico livro de Alan K. Manchester(1), Nota do Autor e admitindo-se, com ele, a preponderância britânica sobre o país, durante mais de um século como absoluta, o trabalho aqui exposto permite concluir pela necessidade de lembrar algumas outras realidades não ressaltadas naquela obra com a devida ênfase. Uma delas é a posição dos Estados Unidos no Brasil,

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