um destacamento desembarcasse, determinou o abandono do navio em seus próprios escaleres, um dos quais recolheu o Tenente Oscar de Castro e Silva, do "Minas Gerais", que foi encontrado nadando.
Navio-Escola "Primeiro de Março"
Achava-se fundeado em "São Bento". O oficial de serviço, Segundo-Tenente Sostenes Barbosa, foi alertado pelos gritos ouvidos vindos dos encouraçados. Na madrugada de 23 a sua guarnição já estava despertada, quando o "Minas Gerais" aproximou-se, pairou sob máquinas, e de lá bradaram: "Nós estamos revoltados, prendemos o comandante Neves e três oficiais vão ser fuzilados (haviam, na realidade, sido mortos). Qual o marinheiro mais antigo? Que assuma o comando do navio e mande os oficiais e inferiores para terra e os que resistirem sejam fuzilados." Combinaram um código a ser transmitido por meio de tiros de festim, que foi obedecido. A maneira autoritária com que foram dadas as ordens e as torres conteiradas sobre o "Primeiro de Março" naturalmente alvorotaram os marinheiros, mas o Tenente Barbosa conseguiu impor calma, mantendo-os disciplinados, prontos a obedecer o que lhes fosse determinado.
Para melhor disfarçar a posição de fidelidade do navio, que não seria capaz de resistir à mínima agressão de parte dos encouraçados, o tenente vestiu-se de marinheiro. As intimidações prosseguiram. Os toldos deviam ser ferrados. Os escaleres não poderiam ser arriados, sob pena de o navio ser afundado, o que fiscalizaram, iluminando-o com os holofotes. Exigiam continuamente vivas à liberdade, e que atirassem sobre a cidade e a Ilha das Cobras, o que cumpriram, mas com munição de salva. Ameaçaram mandar uma lancha a bordo a fim de verificar se havia algum oficial. E a bandeira vermelha deveria ser içada nos topes e a nacional à meia adriça, o que foi feito.
Tais determinações eram reforçadas com alguns tiros de canhões de pequeno calibre, mas sem acertos. Quando foi dada ordem para que 20 homens passassem para o "Deodoro", dois marinheiros selecionados representaram os papéis de "comandante" e "imediato"