O tupi na geografia nacional

Prefácio da Terceira Edição

Esgotada, de há muito, a 2ª edição de O Tupi na Geografia Nacional e dado o acolhimento que do público logrou esse livro, pareceu-me necessária agora oportuna esta 3ª edição a atender à procura, dia a dia, mais instante.

Quero ver nisto o amor do brasileiro ao passado de sua terra e o desejo de conhecer e de demonstrar estima pelo que herdou dos primitivos íncolas, senhores deste país.

A predileção do brasileiro pelos nomes indígenas na denominação dos lugares é hoje tão acentuada que a toponímia primitiva vai aos poucos se restaurando e às localidades novas dão-se de preferência nomes tirados da língua dos ameríndios tupis.

Se há nisso motivo de desvanecimento pela que toca ao sentimento pátrio, a O Tupi na Geografia Nacional certamente se não negará o pouco que, porventura, tenha influído para esse apego ao passado, para essa restauração dele nos domínios da Geografia.

Há aqui um sentimento nacionalista, que se quer integrado e vívido, como que a dizer que da raça americana, vencida, nem tudo se perdeu e que se, no sangue dos descendentes, a dosagem diminui a se apagar, a memória dos primitivos íncolas perdurará com os nomes dos lugares onde a civilização ostenta os seus triunfos.

Guardar esses nomes, preservá-los das torturas desse linguajar cosmopolita da nossa época, dar-lhes o verdadeiro significado, para que, bem compreendidos, ainda mais se firmem na estima pública, continua a ser o escopo deste livro, ora na sua 3ª edição. Com este propósito, foi ele expurgado de alguns senões e consideravelmente aumentado na sua parte vocabular toponímica.

Como nas edições anteriores, procurei, sempre que possível, para cada topônimo em apreço, restaurar-lhe a forma primitiva, segundo os

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