particularmente do italiano, que veio em grande número trabalhar nas fazendas de café. Esse fato é importante, do ponto de vista étnico e cultural, porque os imigrantes contribuíram para a modificação da estrutura étnica da população de extensas áreas do Sudeste e influíram, inclusive, sobre muitos dos seus traços culturais.
Apesar do seu nível de vida, ainda baixo, do seu índice de analfabetismo, ainda elevado, e de outros elementos que caracterizam sua população como típica de regiões economicamente subdesenvolvidas, a região se apresenta como a mais ativa, operosa e produtiva do país. Sua participação per capita na renda nacional é a mais elevada e, ao lado disso, possui o maior contingente de técnicos e especialistas com formação de nível médio e superior, nos diferentes campos do conhecimento humano.
Equipamento econômico
Comparada em relação às demais regiões geoeconômicas do Brasil, a região sudeste é a que dispõe de melhor equipamento econômico. Sua área concentra as mais densas redes ferroviária e rodoviária do país, dispondo de excelentes rodovias pavimentadas e de estradas de ferro eletrificadas. Dispõe, ainda, dos portos melhor equipados do país (Santos e Rio de Janeiro). Apesar da escassez de energia continuar sendo um problema a entravar a expansão do desenvolvimento industrial, dispõe de importante sistema de usinas hidrelétricas já instaladas e de inúmeras outras em instalação. A rede bancária é bastante densa, figurando nela os mais importantes estabelecimentos bancários do Brasil. Graças a essa rede, tanto a acumulação quanto a circulação de capitais são favorecidas, possibilitando o desenvolvimento da política de crédito para os investimentos imobiliários, industriais e agrícolas. Esta região concentra também o mais elevado contingente de maquinaria industrial e de equipamento agrícola do país. Por esses aspectos sumariamente assinalados, a região de economia industrial e agrícola do Sudeste constitui o centro vital da nação.
Atividades econômicas
Embora a atividade agrícola ocupe ainda uma posição de destaque em sua economia, cabendo mesmo a um seu produto - o café - a posição de esteio econômico do Brasil, a indústria vem-se expandindo a passos largos e constitui o traço mais marcante da sua originalidade em face das outras regiões do país. Ao lado de estabelecimentos industriais diversos, espalhados por inúmeras cidades da região, três importantes centros industriais estão aí localizados: a) o centro industrial paulista, formado pelo "Grande São Paulo" (São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, etc.), por Cubatão, Sorocaba, Jundiaí, Americana e São José dos Campos, sendo que esta última e Cubatão, são zonas de industrialização recente e ativa; b) a zona de mineração e siderurgia da região auroferrífera de Minas Gerais (Ouro Preto, Sabará, Caeté, Nova Lima, Monlevade, etc.); e c) a região industrial do Rio de Janeiro, abrangendo a Usina Siderúrgica de Volta Redonda.
O centro industrial paulista destaca-se à frente dos demais, quer pelo número de estabelecimentos e de operários, quer pelo volume e valor da produção. Embora a indústria têxtil continue a ocupar posição de destaque, a diversidade constitui o traço mais marcante da estrutura do parque manufatureiro paulista. Certos núcleos industriais como, por exemplo, Sorocaba, definem-se por uma elevada concentração de estabelecimentos fabris de fiação e tecelagem. Na região do "Grande São Paulo", o número de indústrias têxteis é elevado, mas, a seu lado, desenvolve-se um núcleo industrial altamente diversificado