Brasil: a terra e o homem. A vida humana

(produtos químicos e farmacêuticos, indústrias metalúrgicas e mecânicas, produtos alimentícios, indústrias de calçado e vestuário, sintéticos, etc.). A indústria do petróleo é assinalada pelas refinarias de Cubatão e Capuava. A indústria automobilística adquire importância cada vez maior, destacando-se desde já os centros de Americana (Romi-Isetta), São José dos Campos (General Motors) e o "Grande S. Paulo" (Ford, Volkswagen, Chrysler, etc.).

O centro industrial de Minas Gerais é menos diversificado que o paulista e tende, por suas condições geográficas e históricas, a se especializar no setor da indústria siderúrgica. A região tipicamente industrial é a do chamado "Quadrilátero Central" ou "Região Auroferrífera", onde a siderurgia e a indústria extrativa do ferro constituem as bases da vida econômica regional. Sabará, Caetés, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Monlevade são os principais centros industriais da região. Merecem destaque ainda, em Minas Gerais, o centro industrial de Juiz de Fora (indústria têxtil) e a região de Belo Horizonte, cujo desenvolvimento industrial é apoiado e estimulado pelos governos estadual e federal.

A região industrial do Rio de Janeiro abrange as terras da Guanabara, Niterói, Volta Redonda e vizinhanças. A indústria têxtil ocupa posição de destaque, seguida pelas indústrias de produtos alimentícios, de vestuário, químicas e farmacêuticas, etc. Merecem especial destaque, nessa região, as refinarias de petróleo de Manguinhos e Duque de Caxias e a Usina Siderúrgica de Volta Redonda, a maior e a mais moderna do Brasil.

Ao lado da atividade industrial, que, como já dissemos, confere originalidade a esta região, destaca-se a atividade agrícola, que lhe dá a posição de liderança na economia nacional. O café continua a ser o produto básico da sua agricultura, ocupando as principais áreas cafeeiras as terras do norte do Paraná, oeste de São Paulo e sul de Minas. A monocultura cafeeira, porém, não constitui mais o traço dominante das paisagens rurais do Sudeste, especialmente de São Paulo. Outros cultivos competem com ele, quer no domínio das terras agrícolas, quer no volume e valor da produção. Merecem destaque a cultura do algodão e da cana-de-açúcar, aquele predominando nas terras do oeste e esta na porção centro-norte do Estado de São Paulo e na Baixada Fluminense (região de Campos).

A atividade pastoril adquire significação no sul de Minas Gerais, onde, associado aos rebanhos de gado leiteiro, desenvolve-se importante centro de indústria de laticínios.

Conclusão

À maior diversidade de paisagens corresponde, no Sudeste, uma acentuada diversificação regional das atividades econômicas. Ao lado das variações locais do clima regional, a região caracteriza-se também por feições morfológicas e geológicas mais movimentadas do que em outras regiões do país. E inegável que esse substratum geográfico desempenhou um papel significativo na diversificação da economia regional do Sudeste.

As possibilidades econômicas da região são ainda muito vastas, quer no terreno da economia rural, quer no das indústrias extrativas e de transformação. Como as demais regiões do país, ela enfrenta inúmeros problemas que embaraçam seu rápido desenvolvimento econômico. Dentre esses problemas, o fundamental é o da escassez de capitais, resultando dele as deficiências ainda apresentadas pela infraestrutura do seu parque industrial e agrícola. Não obstante os esforços que vêm sendo realizados nestes últimos anos, a região ainda sofre com as deficiências de energia, com a relativa precariedade, em extensas áreas, das vias de circulação e sistemas de transportes e com a escassez de técnicos e mão de obra especializada.

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