Brasil: a terra e o homem. A vida humana

de carnes e banhas e de produção de lã. Uma importante rede de frigoríficos, a proliferação de indústrias de carnes em conserva e banha, e o desenvolvimento da indústria do xarque revelam as características fundamentais que distinguem a economia pastoril gaúcha da de outras regiões do país.

A atividade agrícola constitui também uma importante atividade econômica da região. A zona rural por excelência está concentrada na região da "encosta da serra" e no Vale do Jacuí. O Rio Grande do Sul figura entre os maiores produtores de arroz, trigo, uva, tabaco e batata-inglesa do Brasil. Associada à atividade agrícola, desenvolve-se também uma importante atividade industrial ligada à produção do vinho e do fumo.

A atividade industrial mais importante é a extrativa mineral, ligada aos depósitos carboníferos de São Jerônimo e às jazidas de cobre de Camaquã. Seguem-se-lhe em importância as indústrias de transformação com estabelecimentos espalhados nas principais cidades do estado. A indústria da madeira é a mais importante, seguida da de produtos alimentícios e outras.

Conclusão

A região de economia agropastoril e florestal do Sul inclui-se entre as que, por seu desenvolvimento econômico, podem ser classificadas de áreas vitais do país. Os estados sulinos representam, de fato, uma região dotada de grandes possibilidades, graças às suas condições naturais e ao espírito de trabalho e iniciativa da sua população. Possuem condições para se tornarem um importante centro de produção de trigo do Brasil, do qual já é, aliás, grande produtor. Além do trigo e da lã, poderão ampliar e intensificar o cultivo de plantas próprias dos climas subtropicais, atendendo assim às necessidades do resto do país, onde o clima tropical não favorece esses cultivos.

A região florestal do planalto, todavia, poderá vir a perder sua posição de grande centro madeireiro devido à exploração desenfreada e irracional dos seus recursos. Sua sobrevivência, como zona fornecedora de madeira para o país e, em particular, para os grandes mercados do Rio de Janeiro e São Paulo, depende de um rigoroso controle da derrubada e replantio das árvores.

VIII - REGIÃO DE ECONOMIA PASTORIL E AGRÍCOLA DO BRASIL CENTRAL

A região de economia pastoril e agrícola do Brasil Central abrange as terras de campos e cerrados do interior do país, dominadas pelo clima tropical. Seus limites ultrapassam o da chamada região centro-oeste, pois além de extensas áreas de Mato Grosso e Goiás, devem ser nela incluídas as terras de Minas Gerais situadas a oeste do São Francisco.

Condições naturais

A característica fisiográfica dominante da região é dada pelo predomínio das chapadas, cujo relevo suave e monótono é interrompido localmente por vales de fundo chato e escarpas íngremes. Sobre essas chapadas, desenvolve-se uma vegetação de campos e cerrados, que corresponde a modalidades brasileiras das savanas tropicais. Ao longo dos

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