Brasil: a terra e o homem. A vida humana

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Como decorrência dos fatos acima assinalados, verificamos que esta região não possui condições próprias para melhorar seu deficiente aparelhamento econômico. Necessita de transportes, energia, capitais e mão de obra; e estes elementos só poderão ser criados com o auxílio do Governo Federal, pelo menos na fase inicial da sua expansão econômica.

Atividades econômicas

A criação de gado é a mais antiga e a mais importante forma de atividade econômica da região. Apresenta aspectos distintos da criação do Rio Grande do Sul. Seus rebanhos são inferiores aos dos plantéis gaúchos, tanto em número (cerca de 31 reses por km² no Rio Grande do Sul e de seis a sete reses por km² no Brasil Central), quanto em qualidade, e isto devido, em grande parte, às condições desfavoráveis apresentadas pelo complexo clima-pastagem da região. Seus rebanhos são formados quase que exclusivamente pelo zebu, raça típica das regiões de savanas tropicais. A criação é superextensiva e realizada sob condições técnicas muito primitivas.

A distinção entre a pecuária gaúcha e a desta região não é apenas numérica e qualitativa. Diferenciam-se também quanto ao destino ou uso dos rebanhos. No Rio Grande do Sul, a produção pecuária é quase toda industrializada no próprio estado, alimentando uma importante indústria de frigoríficos e de xarques. No Brasil Central (Mato Grosso, Goiás, Triângulo Mineiro), o gado é exportado para as regiões vizinhas, especialmente para as invernadas e frigoríficos de São Paulo. O gado é encaminhado a pé, através de grandes "comitivas", percorrendo enormes distâncias até atingir seus pontos de destino.

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