(16) Ermano STRADELLI, "Vocabulários da Língua Geral Português-Nheêngatu e Nheêngatu-Português". Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo 104, volume 158. Rio de Janeiro, 1929.
(17) "Durante longos anos a pátria desta importante espécie foi atribuída ao Oriente, isto é, à Índia. Numerosos investigadores, cada qual deles mais obstinado, procuraram assentar suas opiniões na interpretação, às vezes bem engenhosa, de velhos textos e na tradução favorável de vocábulos das línguas arcaicas que pudessem comprovar a aplicação no mundo antigo, antes da descoberta da América, da palavra Fasiolos, dos Gregos ou Phaseolus, dos Latinos, ao nosso Feijão Comum; ninguém foi mais longe neste esforço, apoiado por brilhante erudição, que o ilustre professor napolitano Orazio Comes, que assim escrevia em 1909: "Termino dizendo que o Phaseolus Vulgaris não é indígena da América, se bem que De Candolle seja de opinião contrária; que êle é, ao invés, originário da Ásia subtropical, que foi conhecido, cultivado e usado como alimento também pelos Gregos e Romanos, a despeito de escritores daqueles tempos nos terem transmitido do mesmo dados breves e incompletos" (tradução do Dr. Lourenço Granato). Entretanto hoje reconhece-se, sem hesitação alguma (Asa Gray, Bois, Bonnet, De Candolle, Engler, Gilg, Hassler, Kronicke, Trumbull, Wittmack, etc.), que todo esse esforço foi inútil, porquanto, embora jamais haja sido encontrada silvestre, a planta é com certeza originária da América do Sul e mais provavelmente do Sul do Brasil e do Paraguai, sendo que a Europa só a conheceu no século XVI, em 1540 ou pouco antes, tendo ali sido descrita e desenhada pela primeira vez, sob o nome de Smilax Hortensis, pelos botânicos alemães Fuchs e J. Bock (Tragus). Estes, como se vê, adotaram o mesmo nome dado por Dioscórides a uma leguminosa trepadeira. Certamente o alto valor alimentar do feijão comum e a facilidade de sua cultura, depressa o espalharam por toda Europa e até por todos os países do mundo, principalmente os de clima apropriado". M. Pio CORRÊA, Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas, III. Rio de Janeiro, s. d. (1952?)
(18) J. Leite de VASCONCELOS, Etnografia portuguesa. Tentame de sistematização. Volume II. Lisboa, 1936.
(19) Conde de FICALHO, Plantas úteis da África Portuguêsa. Notas do Prof. Dr. Rui Telles Palhinha. Agência Geral das Colônias. Lisboa, MCMXLVII.
(20) John GOSSWEILER, Flora exótica de Angola. Nomes vulgares e origem das plantas cultivadas ou subespontâneas. Separata da Agronomia Angolana. Luanda, 1950.
(21) Valentim FERNANDES, Description de la côte occidentale d'Afrique (Sénégal au Cap de Monte, Archipels). Notas de Th. Monod, A. Teixeira da Mota e R. Mauny. Centro de Estudos da Guiné Portuguesa. Bissau, 1951.
(22) Antônio CARREIRA, Mandingas da Guiné Portuguêsa. Publicação comemorativa do V centenário da descoberta da Guiné. Centro de Estudos da Guiné Portuguesa, n.° 4. 1947.
(23) José Mendes MOREIRA, Fulas do Gabu. Centro de Estudos da Guiné Portuguesa, n. ° 6. Bissau, 1948.
(24) Geoffrey GORER, Africa Dances. Londres, 1938.