mantilha deve ser de renda preta ou de cetim da mesma cor. Esse traje não deixa de ter seu encanto e é, às vezes, muito bem levado, mas só pelas moças muito novas; porque, como consequência do hábito que têm essas damas de não se vestir desde de manhã, e de estar quase sempre deitadas ou sentadas, à turca, em tapetes ou esteiras, têm o desgosto de ver o corpo deformar-se muito cedo e a gordura chegar com seu passo tardo e pesado. Não têm mais elegância nem graças e caminham mal".

Nas ruas as pessoas da classe média ou abastada procuram copiar as modas de Paris ou de Londres, mas em casa a necessidade de preservar-se do calor, leva as senhoras a ficarem "habitualmente num desalinho pouco de acordo com o exato pudor; não é raro que as mulheres se mostrem em casa de saia e cabeção que, muito largo em cima, cai dos ombros para os braços, quer involuntariamente, quer num gesto exagerado de faceirice" (Freycinet).

Quanto aos homens, escreve Oliveira Lima, referindo-se à transformação dos hábitos desta Sebastianópolis com a chegada de D. João VI: "O mesmo empregado público que na repartição era visto fardado e empertigado; ou o solicitador encartado que de longa e surrada casaca preta, colete bordado, grandes fivelas de