CAPÍTULO I
A TRAVESSIA - NOSSAS ILHAS OCEÂNICAS
A trasladação, apesar de forçada, do soberano lusitano para o Brasil dava a nosso país especial relevo, chamando, forçosamente, para ele as vistas de Europa, embora já não fosse Portugal a gloriosa monarquia dos intemeratos navegadores dos séculos XV e XVI.
Com a volta da paz à Europa depois de 23 de junho de 1815, numerosas viagens foram executadas "no interesse das ciências e da navegação" e a volta do mundo várias vezes empreendida. A situação privilegiada do Rio de Janeiro, a segurança de seu porto, o grau relativamente elevado de civilização a que chegara, faziam dele escala forçada.
O que era, então, uma viagem e especialmente um desses cruzeiros para os quais cuidadosamente se preparavam os comandantes, obrigados a prever os acontecimentos desastrosos que podiam ser a consequência de uma longa navegação em paragens ainda