Visitantes do Primeiro Império

tudo o que se liga às conduções de águas, e particularmente à construção de aquedutos.

"Entre os nacionais, os que se ocupam de pintura não gozam de reputação alguma, a não ser, dizem, certo José Leandro, a quem não falta colorido mas que é mau desenhista. Há também pequeno número de gravadores muito medíocres.

"Na época de nossa estada no Rio de Janeiro, contava-se na cidade apenas a imprensa régia. Antes houvera também um impressor francês; mas, por sua morte, seu estabelecimento foi destruído. A impressão é mediocre e muito cara: O preço de uma folha, em tipo cicero, tirada a mil exemplares, em papel ordinário, custa 7200 réis ou 15 francos.

"A arquitetura naval parece ser muito bem entendida; contudo constroem-se poucos navios no Rio de Janeiro, não porque faltem madeiras convenientes mas porque prevalece o uso de que as construções se fizessem principalmente na Bahia. O navio de 74 canhões S. Sebastião, que vimos no porto, era por ocasião de nossa estada, o único barco desse tamanho que tivesse saído dos estaleiros da capital; embora com trinta anos de construído era ainda considerado como novo.

"No número dos relojoeiros franceses e ingleses que se estabeleceram no Rio de Janeiro, há alguns cuja