os capuchinhos, encarregados da coleta de esmolas, para os conventos da Terra Santa.
A respeito dessa profusão de monásticos, escreve Freycinet: "Se admitirmos, com o autor de uma obra ascética célebre (Imitação de Jesus Cristo), que o verdadeiro religioso deve viver no retiro, nutrir-se pobremente, trabalhar muito, falar pouco e manter-se em regularidade perfeita, seremos obrigados a convir que o número de religiosos é bem pequeno no Rio de Janeiro, embora haja aí muitos indivíduos com esse título".
Das ordens, os beneditinos são os mais ricos; só 23 monges moram na cidade; os outros estão disseminados na província, onde a ordem possui grande número de habitações, fazendas, importantes engenhos de açúcar, vastas culturas, numerosos escravos. "Entre eles", continua Freycinet, "não se encontra essa alta instrução que tornou outrora sua ordem tão célebre em França: o cuidado de fazer frutificar sua excessiva fortuna, procurar com desvelo as delícias de uma vida mole e sensual, eis o que os ocupa e mal se dignam, às vezes, de salvar, pelo respeito humano, as aparências de decoro. Maximas virtutes jacere necesse est, voluptate dominante.
Sobre os carmelitas, mudados para o antigo seminário