suas sessões. Gabert interpretou ao presidente o objeto de nossa escala, e D'urville apresentou, ao mesmo tempo, a carta do rei de Portugal, que prescrevia darem-nos socorro em todos os estados submetidos a sua coroa. Então o secretário da junta, major Mafra, que se exprimia muito bem em nossa língua, recebeu-a do presidente e fez sua leitura aos membros. Mafra fora empregado em Caiena, onde se encontrava por ocasião da entrega dessa colônia à França, e onde conhecera vários oficiais da marinha francesa, dos quais pediu notícias. Fora deputado da província às cortes de Portugal, e esse título lhe dava sobre a junta uma ascendência que ele escondia muito pouco; em seu entusiasmo pela independência, esquecia a reserva portuguesa. Entretanto, nossos pedidos foram tomados em consideração. A junta autorizou o intendente da marinha a fornecer-nos as peças de madeira necessárias a nossas reparações; deu ordem para que nos fosse permitido cortar lenha na ilha dos Ratones e escreveu ao comandante do forte de Santa Cruz para facilitar por todos os meios a execução de nossos trabalhos científicos. Numa carta que nos foi endereçada, a 25 de outubro, pelo secretário da junta, assim se exprimia:

"O governo apenas fez o seu dever, autorizando-vos