Visitantes do Primeiro Império

nunca penetram sob essas abóbadas de espessas folhagens que os cobrem e vão perder-se no céu; o silêncio das selvas apenas interrompido pelo farfalhar dos ramos e alguns gritos de aves, repetidos com longos intervalos. Sob as velhas árvores deliciosa frescura traz a calma aos sentidos e convida o espírito à meditação; inspiram essas selvas religioso respeito, parecendo que se visita um mundo nos primeiros dias da criação".

E recorda intessante episódio que vamos traduzir:

"Em 1525 achava-me no porto de Santa Catarina, com o brigue de guerra l'Inconstant; fui convidado a uma festa funerária que devia ter lugar ao pôr do sol, pela morte de um menino, depois do batismo.

"Arrastado pela curiosidade, acudi ao convite e cheguei a uma pequena cabana que me haviam indicado: a frente da casa tinha sido preparada para numerosa recepção e estava enfeitada de folhagens, misturadas com flores. À minha chegada já havia grande concurrência de habitantes; entrando, vi, no fundo da sala, um estrado sobre o qual estava disposto um altar e sobre o altar uma criancinha, cercada de círios e vasos com flores; tinha o rosto descoberto e estava ricamente vestida, tendo na cabeça uma coroa de sempre-vivas e um ramo na mão; todo o chão da sala era forrado de esteiras. Grande número de mulheres, em trajes de festa,